04 janeiro 2022
04 jan. 2022

Viemos adorá-l’O

Viemos adorá-l’O
por  Fernando Rodrigues da Fonseca, scj
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A Epifania é festa de luz, que nos guia para Jesus, que brilha em Jesus. Uma estrela atrai a Belém homens de países distantes, símbolos de toda a humanidade, símbolos também nossos, que buscamos a Cristo iluminados pela fé e O adoramos.

Na primeira leitura da solenidade, o profeta anuncia a chegada dessa luz salvadora de Deus, que alegrará Jerusalém e atrairá à cidade povos de todo o mundo.

O evangelho apresenta-nos os Magos, que, guiados por uma estrela, chegam a Jerusalém à procura de Jesus para O homenagearem e adorarem. Não desistem diante da indiferença e da ignorância dos sumos-sacerdotes e dos escribas, nem desanimam perante a disfarçada hostilidade de Herodes, mas perguntam ansiosos e alegres: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O”. Vêm de longe, enquanto os de perto não se dão conta do nascimento do Salvador, que há tanto esperavam.

O evangelista Mateus mistura as crenças astrológicas, que circulavam no Médio Oriente, com as esperanças messiânicas de Israel. Acreditava-se que cada criança nasce numa conjuntura astral, que cada homem tem uma estrela, e que as grandes mudanças da história coincidem com o aparecimento de uma nova estrela. O relato evangélico quer falar-nos de uma manifestação extraordinária que, a partir da obscuridade, guia os Magos à descoberta do rei dos judeus e do Universo.

O termo “mago” designava um dirigente religioso ou um praticante de artes mágicas. E não eram certamente reis, como nos habituámos a dizer, nem eram três, como, a partir da riqueza e do número dos dons, – ouro incenso e mirra -, nos habituámos a dizer. Os Magos são figuras teológicas, que desempenham a função de ratificar a dignidade única do Menino de Belém, verdadeiro homem, como sugere a mirra, rei dos reis, como insinua o ouro, e verdadeiro Deus, como aponta o incenso. Sendo pagãos, e não judeus, os Magos reconhecem o Messias e não se escandalizam com a sua humildade. O Senhor, rei humilde e escondido, satisfaz as esperanças de todos os homens. Quem O encontra, alegra-se, e fá-lo rei da sua vida.

A segunda leitura diz-nos que tanto os hebreus, primeiros eleitos, como os pagãos, vindos depois, são chamados à fé em Cristo e à partilha da herança eterna com Ele, Filho de Deus. A salvação é oferecida a todos os homens, a todos os povos, a todas as tribos, a todas as nações. É universal!

Ó Jesus, rei das nações, que chamaste os Magos como primícias dos teus adoradores, dá-nos um espírito de adoração e de serviço.

Os Magos oferecem o ouro do amor, o incenso da oração, a mirra do sacrifício. (ASC 33).

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