P. Marcelino Teixeira de Freitas

P. Marcelino Teixeira de Freitas

* 06.12.1947
† 11.10.2022
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Padre Marcelino Teixeira de Freitas nasceu no dia 6 de dezembro de 1947 e tinha 74 anos. Fez os primeiros votos no dia 29 de setembro de 1968 e foi ordenado sacerdote no dia 27 de dezembro de 1976.

Atualmente residia em Funchal (Portugal). Ele pertencia à Província POR.

Em tuas mãos eu entrego meu espírito. (Sl 31,6)


Foi com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do P. Marcelino Teixeira de Freitas, presbítero dehoniano, que dedicou a sua vida a várias missões da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, em Portugal.

Há já alguns anos que o P. Marcelino tinha sido afetado por um mieloma múltiplo e estava a ser tratado no Hospital de S. João, no Porto. Recentemente, tendo-se deslocado à ilha da Madeira, para gozar um tempo de férias, as suas condições de saúde agravaram-se e veio a ser internado no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, onde viria a falecer hoje, 11 de outubro de 2022, aos 74 anos de idade.

Neste momento de dor, apresentamos as nossas condolências a todos os confrades dehonianos e à família do P. Marcelino, bem como a todos aqueles que, ao longos dos anos, se foram cruzando com ele na sua ação pastoral. É um momento para vivermos na fé e na esperança da vida que não tem ocaso.

As celebrações fúnebres do P. Marcelino Teixeira de Freitas terão lugar no dia 13 de outubro, com a missa exequial às 15h00 na igreja paroquial de Nossa Senhora da Natividade do Faial, seguindo depois para o cemitério da freguesia onde ficará sepultado.

***

O P. Marcelino Teixeira de Freitas nasceu a 6 de dezembro de 1947, no Faial, na ilha da Madeira, filho de José Teixeira de Freitas e de Carolina Teixeira da Encarnação. Viria a ser batizado na sua paróquia natal de Nossa Senhora da Natividade, no Faial, no dia 15 desse mesmo mês. Foi aí que foi recebendo a sua educação, na escola primária e na vivência da fé. Foi também na sua paróquia de nascimento, no Faial, que foi crismado no dia 16 de janeiro de 1955.

Com 12 anos de idade, em 1960, decide-se pela vida de seminário e entra no Colégio Missionário Sagrado Coração, no Funchal, onde frequentou os primeiros anos da formação liceal de então. Aí permaneceria até 1963, ano em que rumou ao Instituto Missionário Sagrado Coração, em Coimbra, para frequentar a formação liceal, nomeadamente entre o 4º e o 7º ano, que concluiu em 1967. Assim foram os inícios da sua aventura com os Sacerdotes do Coração de Jesus.

Depois de um tempo de postulantado, feito nos últimos tempos da sua estadia em Coimbra, o jovem Marcelino foi admitido ao ano de Noviciado a 28 de setembro de 1967, em Aveiro, na Casa do Sagrado Coração de Jesus; um ano mais tarde, a 29 de setembro de 1968, abraçava a Vida Religiosa dehoniana, com a profissão dos votos religiosos de castidade, pobreza e obediência na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus.

O tempo de formação continuou na comunidade do escolasticado, que, até novembro de 1969, funcionou no Prior Velho e, depois disso, foi transferido para o recém inaugurado Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide. Durante este tempo, frequentou os estudos filosófico-teológicos, primeiro no ISEE (1968-1970) e, mais tarde, no ISET (1972-1974); viria a concluir os seus estudos teológicos no ISCHT, no Porto, no ano letivo de 1974-1976. Entre 1970 e 1972, como era hábito na formação dos religiosos dehonianos, fez o seu estágio de vida religiosa no Seminário Missionário Padre Dehon, em Gondomar, onde desempenhou as funções de prefeito assistente. Aí voltaria em 1974, para trabalhar como assistente ao mesmo tempo que frequentava as aulas do de teologia no ISCHT do Porto. A 28 de setembro de 1975, emitiu a profissão perpétua, consagrando-se definitivamente como religioso da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus. A 25 de junho de 1976, no Seminário Missionário Padre Dehon, de cuja comunidade fazia parte, recebeu a ordenação diaconal das mãos de D. Domingos Pinho Brandão, Bispo auxiliar do Porto; seis meses mais tarde, a 27 de dezembro, foi ordenado presbítero na sua paróquia de Nossa Senhora da Natividade do Faial, na ilha da Madeira, pela imposição das mãos de D. Francisco Santana, Bispo do Funchal.

A primeira missão do jovem P. Marcelino de Freitas foi no Colégio Missionário Sagrado Coração, no Funchal, onde desempenhou as funções de Professor e Prefeito de disciplina do 3º ano, no ano letivo de 1975-76. No ano letivo seguinte seria transferido para a comunidade do Colégio Infante D. Henrique, sempre na cidade do Funchal, onde permaneceria até 1989: nos primeiros anos, trabalhou como professor e assistente e, a partir de 1983, passou a desempenhar também as funções de Diretor do Colégio. Durante estes anos, entre 1981 e 1983, assumiu as funções de pároco de São Roque do Faial.

Em 1989, regressa ao território continental, sendo colocado na comunidade dehoniana do Forte da Casa, para desempenhar a missão de pároco de Vialonga, onde se manteve até 1998. Nesse ano, foi transferido para a comunidade dehoniana da Ribeira Brava, na ilha da Madeira, onde foi pároco da Ribeira Brava e da Serra de Água até 2001. Entre 2001 e 2007, dedicou-se à vida paroquial desta feita na diocese do Algarve, como pároco de Monte Gordo e Castro Marim, e membro da comunidade dehoniana de Vila Real de Santo António. Em 2007, rumaria a norte, à comunidade do Centro de espiritualidade Betânia, onde foi pároco de Duas Igrejas e de Cristelo, entre 2007 e 2021; neste último ano, já acometido pela doença, ficou-se apenas pela paróquia de Duas Igrejas, que viria também a deixar. Entre 2013 e 2019, acumulara também a paroquialidade de Besteiros e Sobrosa.

Ao longo dos anos, o P. Marcelino foi assumindo diversas funções ao serviço da Congregação, nomeadamente como Conselheiro Provincial (1985-1988), Superior das comunidades do Forte da Casa (1995-1998) e de Vila Real de Santo António (2003-2007), entre outras funções, procurando colaborar com a sua dedicação na construção da comunidade.

Neste momento, no ocaso da vida terrena do P. Marcelino, damos graças a Deus pela sua vida, pela sua consagração e dedicação na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, pelas várias missões que assumiu, unindo a sua vida à oferta de Cristo pela vida do mundo. Agora, parte ao encontro do abraço misericordioso do Pai, unido a Jesus à imagem do qual procurou viver a sua vida cristã, a sua consagração religiosa e o seu ministério presbiteral.

O Senhor acolha o P. Marcelino na glória eterna.

P. Ricardo Freire, scj
Secretário Provincial

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