03 dezembro 2025
03 dez. 2025

O Advento com o Padre Dehon – Segunda Semana

Nesta segunda semana do Advento de 2025, lemos a meditação do Padre Dehon sobre o Coração de Jesus. Ela data de 4 de dezembro de 1919 e é tirada de sua obra espiritual «L’Année avec le Sacré-Cœur» (O Ano com o Sagrado Coração).


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4 de Dezembro – Analogias com o Coração de Jesus em Toda a Criação

«In sole posuit tabernaculum suum; et ipse tanquam sponsus procedens de thalamo suo, exultavit ut gigas ad currendam viam… nec est qui se abscondat a calore ejus» (Sl 19,6.7)

«No sol armou sua tenda; ele, como um esposo que sai do seu tálamo, exulta como um gigante para correr o seu caminho. Ninguém se esconde do seu calor.» (Sl 19,6.7)

Primeiro Prelúdio. Várias vezes, a bem-aventurada Margarida Maria viu o Coração de Jesus semelhante ao sol, dardejando seus raios sobre os corações na medida de suas disposições.

Segundo Prelúdio. Divino Coração de Jesus, sol ardente de amor, incendiai meu coração; fonte poderosa de graças, fecundai minha alma.

PRIMEIRO PONTO: A Vegetação das Plantas Também Tem Analogia com a Trindade e com o Coração de Jesus.

Na vida vegetativa, é a raiz que faz a função de coração. Ela aspira a seiva e a envia para purificar-se nas folhas, para depois descer mais quente e vivificante.

A vida vegetativa purifica a seiva, a aquece e a fecunda, como a vida da Santíssima Trindade produz a luz, o amor e a força.

A seiva é semelhante ao sangue, leva a vida aos ramos, produz as flores e os frutos. Assim, a graça do Coração de Jesus leva a vida por toda parte e produz as flores e os frutos das virtudes.

Quero receber esta seiva, mas é preciso buscá-la em sua verdadeira fonte, no Coração de Jesus, que é a raiz de toda vida sobrenatural.

«Com alegria tirareis água,» diz Isaías, «das fontes da salvação» [Is 12,3]. O Coração de Jesus será para mim a fonte fecundante e o sol fortalecedor.

SEGUNDO PONTO: O Sol Tem Magníficas Analogias com o Coração de Jesus.

Deus, que fez do coração do homem, de seu coração espiritual e de seu coração de carne, a obra-prima da natureza inanimada, fez do sol a obra-prima da natureza animada.

Quão magnífico é este astro! Os pagãos o tomavam por um Deus. Ao criá-lo, Deus queria nos dar uma imagem esplêndida do Sagrado Coração.

O sol também tem analogias com a Trindade! Ele ilumina, aquece, fecunda, como o fazem espiritualmente as Pessoas divinas.

Muitas vezes, o Sagrado Coração manifestou-se à bem-aventurada Margarida Maria no esplendor do sol.

«Uma vez, estando o Santíssimo Sacramento exposto,» ela diz, «Nosso Senhor Jesus Cristo apresentou-se a mim todo resplandecente de glória, com suas cinco chagas brilhando como cinco sóis.»

«Outra vez, no dia da Visitação (2 de julho de 1688), o Coração amoroso de Jesus me apareceu sobre um trono de fogo, radiante por todos os lados e mais brilhante que o sol. Ele estava no meio das chamas do seu puro amor. Sua chaga lançava raios ardentes e luminosos.»

«Nas primeiras sextas-feiras,» diz ainda, «o Sagrado Coração me era representado como um sol brilhando com uma luz ofuscante, cujos raios ardentes caíam a prumo sobre o meu coração. Ele os lançava por toda parte e sobre cada coração, mas de modo bem diferente, conforme as disposições daqueles sobre os quais estes raios caíam; pois as almas dos réprobos endureciam ainda mais, como a lama endurece sob os raios do sol; e, ao contrário, o coração dos justos se tornava mais puro e se amolecia como a cera.»

O sol divino leva a vida, o crescimento, as flores e os frutos por toda parte, contanto que as almas estejam bem dispostas.

Coração de Jesus, sol divino, cujos raios levam a luz da fé e o fogo da caridade aos corações, iluminai meu pobre coração, reaquecei-o e não permitais que ele permaneça insensível à Vossa ação.

TERCEIRO PONTO: O Oceano É Também um Símbolo do Coração de Jesus.

Ele é o grande reservatório de todas as águas fecundantes. Aquecido pelo sol, envia seus vapores para se condensarem no ar e caírem em toda parte como chuvas que regam e fertilizam o solo.

Uma parte das nuvens engrossa as neves das montanhas para descer em seguida pelos riachos, rios e grandes cursos d’água, que formam as artérias e veias dos continentes. Pode-se ver também nesta circulação a imagem da Trindade.

O Coração de Jesus é o oceano de todas as graças. O sol do seu amor extrai deste oceano divino todos os dons que caem como chuvas fecundantes sobre os corações bem dispostos.

Assim como as águas retornam ao oceano que as purifica antes de enviá-las de volta à terra, também as ações defeituosas dos homens retornam ao Coração de Jesus, que as purifica igualmente pelos méritos da sua paixão, pelo sacrifício eucarístico e pela sua infinita misericórdia.

Elias tinha visto esta nuvem de graças que se levantaria do oceano da misericórdia para fecundar o mundo: «nubecula parva ascendebat de mari» (uma pequena nuvem subia do mar) (1 Rs 18,44).

Possa o meu coração não permanecer uma terra árida e deserta sob esta chuva de graças!

Propósitos. – União constante com o Coração de Jesus, para receber a seiva que d’Ele emana, os raios que aquecerão o meu coração e a chuva de graças que fecundará a minha alma.

Colóquio com o Coração de Jesus, sol divino e fornalha ardente de caridade.

Artigo disponível em:

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