São José, padroeiro e modelo da nossa vocação

Com coração aberto » 19 março 2024

Publicamos um extracto dos escritos do Padre Dehon sobre São José.


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O Padre Dehon sempre manifestou particular apreço por São José: “A confiança em São José não engana. O mês deste santo sempre foi para mim um mês de graças espirituais” (Leão Dehon, Inv. 229.20 B. 19/1.1). No Directório Espiritual dedica algumas páginas ao Esposo da Virgem Maria que é apresentado como padroeiro e modelo da nossa vocação   e da nossa atitude de disponibilidade e de oblação.
Para assinalar o 150º Aniversário da Declaração de São José como Padroeiro da Igreja Universal, o Papa Francisco publicou, a 8 de dezembro de 2020, a Carta Apostólica Patris Corde e proclamou o Ano de São José.
É neste contexto e tendo em conta a celebração da Solenidade de São José (19 de março), que publicamos um extracto dos escritos do Padre Dehon sobre São José.


São José é, para nós, um modelo, especialmente pela sua vida interior, espírito de fé, abandono, pureza, amor para com Jesus e Maria.

São José pertence totalmente a Jesus e a Maria. Dedicou-se-lhes inteiramente e toda a sua vida lhes foi consagrada. Viveu exclusivamente para eles. Os três formavam um só coração e uma só alma. Rezava com eles e a sua oração, inflamava-se constantemente sob a influência do seu fervor.

É uma única oração que sobe até ao trono de Deus.

No trabalho, segue-o o pensamento de Jesus e de Maria. Trabalha para eles e Jesus, depois de crescido, trabalha com ele.

O seu descanso é junto deles e com eles.  As conversas preferidas são com Jesus e Maria.  E de que gosta ele de falar, a não ser da bondade de Deus e das maravilhas da Sua misericórdia?

Na sua vida interior, reflecte sobre os actos e as palavras de Jesus e de Maria acerca dos mistérios da Incarnação e da Redenção. Dele pode dizer-se o mesmo que de Maria: Conservava todas estas coisas no seu coração (Lc 2, 51).

“Como é grande o seu espírito de fé! Ele aceita humilde e piedosamente todas as mensagens do Anjo; cumpre heroicamente todas as ordens divinas.

Com que respeito trata Jesus e Maria! Ouviu o Anjo dizer-lhe: O que Ela concebeu é obra do Espírito Santo… hão-de chamá-lo Emanuel, Deus connosco (Mt 1, 20-23).

E como é fiei a esta missão de fé que recebeu!  Nada lhe custa, para corresponder.  Nenhum sacrifício o faz desanimar: vai para o Egipto, regressa, está pronto a tudo. É vítima com Jesus e por Jesus, sofre o exílio, a perseguição, a pobreza, mas suporta tudo com alegria por Jesus e pela obra da Redenção.

E a sua pureza! É preciso que um Anjo o venha tranquilizar, tão grande o receio de a comprometer. O lírio é o seu símbolo. Maria e José estão junto de Jesus, como os dois Serafins da Arca da Aliança.  Foi a sua pureza que lhe mereceu ter sido escolhido por Deus para pai adoptivo de Jesus e esposo de Maria., Ele é o modelo da vida de reparação. É testemunha das humilhações do Salvador na manjedoura, dos seus sofrimentos no Egipto, da sua pobreza em Nazaré. Em toda a parte, com os seus cuidados, esforça-se por reparar os sofrimentos impostos a Jesus pelos nossos pecados. As delicadas atenções para com Jesus, em Belém, no Egipto e em Nazaré, são outros tantos actos reparadores.

“Devemos imitá-lo em tudo isso com a nossa união a Jesus e Maria, com a nossa assiduidade em pensar no Senhor, com os nossos delicados cuidados em tudo o que respeita ao serviço de Jesus e, particularmente, a santa Missa, os Sacramentos, o Ofício Divino. Devemos também servir a Jesus, com cuidado, no próximo e, particularmente, nos sacerdotes, nos pobres, nas crianças.

Devemos fixar o nosso olhar em Jesus e saber vê-l’O sempre e em toda a parte. Procuremos prestar a maior atenção a todos os nossos deveres, mesmo nas pequenas coisas, fazendo tudo por amor a Jesus e em espírito de reparação.

 

in Leão Dehon, DSP, 51-53.

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